Manejo de Inverno na Avicultura

manejo de inverno na avicultura
Foto de Guilherme Emygdio Mendes Pimenta
Guilherme Emygdio Mendes Pimenta

Analista Técnico Comercial | Aves
MCassab Nutrição e Saúde Animal

As baixas temperaturas do inverno são um desafio para a produção de frango de corte, principalmente na fase inicial, quando os animais estão em desenvolvimento para atingir a homeotermia, que é a capacidade de manter e controlar a temperatura corporal desejada (40ºC). O sistema tegumentar (empenamento) das aves, ainda precoce, impossibilita o isolamento térmico interferindo na dissipação do calor corporal. Na fase inicial, além do sistema termorregulador, o sistema imunológico e trato gastrintestinal estão em desenvolvimento e o período de inverno traz consigo maiores atenções. Este é um assunto necessário nesta fase do ano, por isso a MCassab Nutrição e Saúde Animal compartilha algumas estratégias para minimizar prejuízos nos resultados zootécnicos.

1 – Manejo de cama adequado: em situações de cama reutilizada, no intervalo entre lotes é necessário um trabalho de fermentação eficiente, sob a orientação da equipe técnica. Este procedimento ajuda a não exposição do lote a gases nocivos (amônia), os quais são resultados do processo natural, por este motivo, a fermentação induzida antes do alojamento é importante. Em situações de cama nova, o ideal é garantir um material de boa procedência e no mínimo uma espessura de 10cm, evitando que as baixas temperaturas do piso cheguem às patas dos pintinhos.

2 – Insumo para aquecimento suficiente e de boa qualidade: principalmente no inverno, a demanda por insumos para aquecer aumenta. O ideal é garantir com antecedência a quantidade adequada e de boa qualidade, evitando surpresas desagradáveis no decorrer da fase inicial, por exemplo, altos preços e má qualidade. Outro detalhe importante é o armazenamento deste material; um erro pode prejudicar a eficiência do aquecimento.

3 – Vedação e isolamento do aviário: a capacidade de aquecimento do aviário está relacionada com a temperatura ambiente, vedação e isolamento. Estes dois últimos fatores, quando bem dimensionados, garantem a manutenção do calor produzido (espacial ou irradiação). É importante relembrar que o ar frio é mais denso e pesado comparado ao ar quente, ou seja, atenção deve ser dada às correntes de convecção formadas no ambiente.

4 – Pré-aquecimento: é o tempo definido pela equipe técnica para início do trabalho de aquecimento, a principal função deste procedimento é garantir uma ambiência ideal para o alojamento dos pintinhos. Temperatura adequada, tanto ambiental quanto de cama, minimizam a dissipação de calor e a redução da temperatura corporal (calor sensível).

5 – Qualidade de ar: medidas para garantir uma boa qualidade de ar no aviário são adotadas com auxílio dos ventiladores e manejo de cortinas, granja pressão positiva, e exaustores e inlets na pressão negativa (climatizada). É um trabalho que é realizado em equilíbrio ao aquecimento, um ar renovado evita o acúmulo de umidade relativa e de gases nocivos (por exemplo amônia e dióxido de carbono), os quais são prejudiciais para o sistema respiratório das aves.

6 – Comportamento do lote: o comportamento das aves é um excelente termômetro para avaliarmos a ambiência do aviário, lote amontoado e sem atividade são indicativos de erro. Também existem testes práticos que podem ser realizados para ajudar na conclusão, por exemplo, 24h após o alojamento, espera-se que 95% da amostragem dos pintinhos apresente o papo cheio e amolecido, evidenciando consumo normal de água e ração.

7 – Regulagem de equipamento: o fornecimento de ração e água de qualidade – bebedouros e comedouros regulados corretamente – facilita o acesso dos pintinhos ao alimento, o que é fundamental para a saúde do lote.

8- Estratégias nutricionais: Fora da zona de conforto térmico, os pintinhos são desafiados a ponto de prejudicar o desenvolvimento de órgãos vitais e também acionam mecanismos de sobrevivência onde grande parte da energia ingerida é desviada para produção de calor (sistema termorregulador). Aviários bem estruturados e manejo correto podem reduzir os efeitos negativos do frio, e outra estratégia comumente utilizada é a utilização de suplemento polivitamínico aminoácido probiótico via água de bebida. Por outro lado, em ambiência adequada, a fisiologia do apetite tornar se favorável ao consumo de ração, em algumas situações há alterações de programas nutricionais, equilibrando economia e desempenho zootécnico.

 

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MONENPAC 400 - Monenzina (Sódica) 40%

Indicação de uso

MONENPAC MC 400 é um produto para uso exclusivo de fabricantes de rações de frangos de corte, frangas de reposição e perus em crescimento, indicado como auxiliar na prevenção da coccidiose aviária, causada por Eimeria tenella, E. necatrix, E. acervulina, E. maxima, E. brunetti e E.  ivati.

Modo de uso

Espécie: Aves de corte e frangas de reposição 

Usar de 250 a 300g do produto por tonelada de ração.
PPM: 100 a 120.

Espécie: Perus em crescimento

Usar de 150 a 250g do produto por tonelada de ração.
PPM: 60 a 100

Período de Carência

3 dias antes do abate dos animais destinados ao consumo humano.

Validade

Do produto: 24 meses (2 anos) após a data de fabricação do produto.

Contra-indicações

Este produto contém ionóforos. Não permitir que cavalos ou outros eqüinos tenham acesso a rações contendo Monensina. A ingestão pode ser fatal. A monensina é incompatível com a tiamulina e a troleandomicina.

QUALIPAC S - Salinomicina (Sódica) 13,2%

Indicação de uso

QUALIPAC S é uma associação de duas drogas sinérgicas, indicado como auxiliar no controle da coccidiose em frangos de corte, causada por Eimeria tenella, E. acervulina, E. máxima.

A cada 100g contém 13,20g de Salinomicina (na forma sódica).

Modo de uso

Espécie: Frangos de Corte

Usar de 500 a 550g do produto por tonelada de ração.
PPM: 40 a 44 ppm de ácido 3-nitro 66 a 72,6 ppm de Salinomicina

Período de Carência

5 dias antes do abate dos animais destinados ao consumo humano.

Validade

Do produto: 24 meses (2 anos) após a data de fabricação do produto.
Após abertura da embalagem: Utilizar em até 16 dias.
Após mistura na ração: Utilizar em até 16 dias.

Restrição de Uso

Não administrar a aves de postura e frangos acima de 6 semanas de idade. Não permitir o acesso à ração contendo Salinomicina a equídeos, ruminantes, perus, hamsters e cães.

BAZAPC 15% - Bacitracina de Zinco

Indicação de uso

Indicado como melhorador de desempenho e terapêutico para o tratamento da Clostridiose, causado por Clostridium perfringens em Suínos e Aves.

A cada 100g contém 15g de Bacitracina de Zinco.

Modo de uso

Melhorador de Desempenho: Suínos, Frangos de Corte, Frangas de Reposição e Poedeiras e Pintainhas.

Uso: Contínuo.
Dosagem (g/t de ração): 366,66 a 1.000.

Terapêutico: 

Suínos: uso de 7 a 21 dias consecutivos. Dosagem (mg /kg/ PV): 4,06 a 20,31.
Frangos de Corte: uso de 7 a 21 dias consecutivos. Dosagem (mg /kg/ PV): 13,80 a 60,71.
Frangas de Reposição e Poedeiras: uso durante 7 dias consecutivos. Dosagem (mg /kg/ PV): 10,04 a 30,18.

Período de Carência

Não há.

Validade

24 meses (2 anos) após a data de fabricação do produto.

HALQUIPAC - Halquinol 60%

Indicação de uso

É indicado para Suínos como Melhorador de desempenho ou Terapêutico (contra Escherichia coli) e para Poedeiras (Fase de Cria) como Melhorador de desempenho.

Modo de uso

Espécie: Galinhas Poedeiras e Suínos

SUÍNOS
– Melhorador de desempenho: 60 PPM (100 g de produto/ tonelada de ração) à 120 PPM (200 g de produto/ tonelada de ração), durante 120 dias consecutivos.
– Terapêutico (contra Escherichia coli): 8,00 mg do ativo/ kg peso vivo (equivalente a 13,33 mg do produto/ kg de peso vivo) à 12,00 mg do ativo/ kg peso vivo (equivalente a 20,00 mg do produto/ kg de peso vivo), de 7 até 21 dias consecutivos.
POEDEIRAS (Fase de Cria):
Melhorador de desempenho: 30 PPM (50 gramas de produto/ tonelada de ração) à 60 PPM (100 gramas de produto/ tonelada de ração), durante 63 dias consecutivos.

Período de Carência

Atenção: obedecer aos seguintes períodos de carência
Suínos:
Melhorador de desempenho: o produto não requer período de carência para o abate dos suínos tratados.
Terapêutico: o abate dos animais tratados somente deve ser realizado 2 (dois) dias após a última administração.
Ovos: este produto não deve ser administrado a galinhas produtoras de ovos para o consumo humano.

Validade

Do produto: 24 meses (2 anos) após a data de fabricação do produto
Do produto após misturado à ração: Suínos: Utilizar o produto em até 80 dias.
Poedeiras (Fase de Cria): Utilizar o produto em até 80 dias.

BMPAC 110 - Bacitracina Metileno Dissalicilato

Indicação de uso

Indicado para Suínos e Aves (Frangos de Corte e Poedeiras), como melhorador de desempenho.

Modo de uso

Espécie: Frangos de corte, Galinhas Poedeiras e Suínos

Usar de 500 a 1000 g do produto por tonelada de ração. 

Estabilidade do Produto

Após abertura da embalagem, recomenda-se que o produto BMPAC 110 seja utilizado em até 60 dias.
Suínos: Após misturado à ração, utilizar o produto em até 20 dias.
Frangos de corte: Após misturado à ração, utilizar o produto em até 15 dias.
Poedeiras: Após misturado à ração, utilizar o produto em até 20 dias.

Validade

Do produto: 24 meses (2 anos) após a data de fabricação do produto.

TILOSIN ST - Tilosina (Fosfato) 10%

Indicação de uso

TILOSIN ST é indicado para suínos no controle das pneumonias, causadas por Pasteurella multocida e/ou Actinomyces pyogenes, no tratamento auxiliar para reduzir a incidência e a severidade da rinite atrófica causada por Bordetella bronchiseptica, na prevenção da enterite bacteriana (salmonelose) causada por Salmonella spp, ou da enterite necrótica causada por Salmonella choleraesuis, no controle da linfadenite causada por Streptococcus grupo E.

Modo de uso

Espécie: Suínos

Usar 1kg do produto por tonelada de ração que equivale a 100g de Tilosina, 100g de Sulfamidina e 20g de Trimetoprima por tonelada de ração. O tratamento deverá ser acrescido de, no mínimo, 48 horas após o desaparecimento dos sintomas.

Período de Carência

15 dias antes do abate dos animais destinados ao consumo humano.

Validade

Do produto: 24 meses (2 anos) após a data de fabricação do produto.

TIAMUPAC 400 - Tiamulina (Fumarato) 40%

Indicação de uso

Aves: TIAMUPAC 400 é indicado para o tratamento de problemas causados por Haemophilus spp, Pasteurella multocida, Pasteurella spp.

Suínos: TIAMUPAC 400 é indicado para o tratamento de problemas causados por Pasteurella spp.

Modo de uso

Espécie: Frangos de Corte e Suínos

Usar 10mg do princípio ativo por kg de peso vivo, que equivale a 500g do produto por tonelada de ração.

Período de tratamento: 10 dias consecutivos. O tratamento deve ser mantido por um período mínimo de 48 horas após a resolução do quadro clínico. 

Período de Carência

Aves: 0 (zero) dias.
Suínos: 4 dias antes do abate dos animais destinados ao consumo humano.

Validade

Do produto: 24 meses (2 anos) após a data de fabricação do produto.

Contra-indicações

Não fornecer TIAMUPAC 400 a animais que estejam se alimentando de ração contendo substâncias ionóforas como Monensina, Narasina e Salinomicina.

AUROPAC ST - Clortetraciclina (HCI) 10%

Indicação de uso

Para frangos de corte no tratamento das infecções causadas por: Mycoplasma gallysepticum, Mycoplasma synoviae. Avibacterium Paragallinarum, Pasteurella mutocida, Pasteurella aeruginosa, Escherichia coli, Salmonella enteritidis, Salmonella Heidelberg, Salmonella gallinarum, Salmonella pullorum, Salmonella typhimurium. Para suínos no tratamento das infecções causadas por: Pasteurella mutocida, Clostridium perfringens, Salmonella typhimurium, Mycoplasma hyopneumoniae, Salmonela choleraesuis, Haemophilus parasuis, Staphylococcus hyicus, Streptococcus suis, Trueperella pyogenes.

Modo de uso

Espécie: Aves e Suínos

Usar de 2 kg a 4 kg do produto por tonelada de ração de 5 a 7 dias consecutivos 

Período de Carência

13 dias antes do abate dos animais destinados ao consumo humano. 

Validade

Do produto: 24 meses (2 anos) após a data de fabricação do produto.

Contra-indicações

O produto é contraindicado em casos de insuficiência renal grave ou de hipersensibilidade aos componentes da fórmula. Não deve ser aplicado em aves produtoras de ovos para o consumo humano.

AUROPAC MC - Clortetraciclina (HCI) 15%

Indicação de uso

Aves e Suínos: controle das infecções causadas por microrganismos sensíveis à clortetraciclina, infecções respiratórias (aves),  gastrointestinais (aves), infecções entero-hepáticas (suínos) e pneumo-entéricas.

Modo de uso

Espécie: Aves e Suínos

Usar 15 mg/kg de peso vivo, que equivale a 1,5kg do produto por tonelada de ração por 5 dias consecutivos 

Período de Carência

10 dias antes do abate dos animais destinados ao consumo humano. 

Validade

Do produto: 24 meses (2 anos) após a data de fabricação do produto.

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